terça-feira, 1 de março de 2011

Edifícios reformados podem reabilitar áreas abandonadas

A reforma de edifícios abandonados no centro de São Paulo pode transformá-los em empreendimentos lucrativos e reabilitar as áreas subutilizadas da região central da cidade. Uma política de reforma também possibilita a re-estruturação produtiva da indústria de construção civil. Segundo estudos da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP optar pela reforma, e não pela construção de novos prédios, seria uma solução vantajosa para empreendedores e viável economicamente.
Existem hoje, nos bairros da Sé e República, cerca de 1.740 edifícios com mais de cinco andares. Desse total, em torno de 350 estão subutilizados e 68 estão totalmente desocupados. “Se considerarmos os distritos mais antigos da cidade de São Paulo — Santa Cecília, Brás, Moóca, Pari, Bom Retiro, Bela Vista — temos 28 milhões de metros quadrados construídos abandonados. Isso equivale ao que seria construído em sete anos”, explica a arquiteta Alejandra Maria Devecchi.

Optar por reformar os prédios abandonados traria grandes vantagens para a cidade e para os próprios investidores, já que o tempo necessário a uma reforma é inferior ao de uma nova construção. Além disso, o potencial construtivo de edificações antigas é enorme, se comparado com o de atuais, o que torna o empreendimento lucrativo. Alejandra explica: “Atualmente, a legislação permite construir quatro vezes a área do terreno. As edificações antigas, porém, têm uma área construída de sete a dez vezes maior que a área de seu terreno.”

Reportagem de Juliana Cruz, da Agência USP de Notícias, publicada pelo EcoDebate, 22/07/2010
Disponível em: http://www.ecodebate.com.br/2010/07/22/edificios-reformados-podem-oferecer-unidades-habitacionais-a-populacao-e-reabilitar-areas-abandonadas/

(Comentário: A reportagem destaca o potencial dos edifícios abandonados, sendo mais vantajoso reformá-los do que construir novas edificações. Foram considerados argumentos como o tempo de construção e o potencial construtivo. A tese da arquiteta Alejandra Devecchi reforça esse assunto, o qual é importante destacar que essa visão favorece a reabilitação das áreas subutilizadas dos centros urbanos.)

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