quinta-feira, 21 de abril de 2011

Obras Análogas (Almor - RJ)

Ocupação Almor

Ficha técnica
Status: Contemplado com recurso do FNHIS para Assistência Técnica de Projeto
Etapa de Projeto: Projetos Complementares
Número de Famílias: 35
Agentes operadores: Carmem Rezende e Vanderlandia
Coordenador: Carol Rezende
Equipe: Thais Meireles, Daniel Wagner, Gilberto Rocha e Luciana Andrade
Estagiários: Pedro Toledo e Emmanuel Peña

Os moradores da Ocupação ALMOR- Ação Livre por Moradia - habitam um edifício abandonado de propriedade da UERJ – Universidade do Estado do Rio de Janeiro – localizado  na Avenida Mem de Sá, 261, centro, bem próximo à praça da Cruz Vermelha.

Av. Mem de Sá com edifício da Ocupação Almor ao centro


O edifício foi ocupado em 1998, quando já estava abandonado e por isso encontrava-se em péssimas condições. Os moradores fizeram inúmeras melhorias nas áreas comuns e dentro dos apartamentos. Assim como em outras ocupações, as decisões são tomadas sempre coletivamente, com o envolvimento de todos os moradores.
Atualmente, residem 35 famílias no edifício. A maioria dos chefes de família possui emprego fixo e ganha cerca de um salário mínimo. As principais atividades são as de manicure, cabeleireiro, cozinheiro/a, executor de serviços gerais, empregados/as domésticos/as, acompanhante e costureira etc.
A  área onde a Ocupação ALMOR está inserida possui muitos e diferentes tipos de equipamentos públicos –  tais como hospitais, escolas, centros culturais e outros espaços de lazer –,que se encontram  num raio de 2 km.


Os moradores reconhecem a necessidade de morar no Centro, pois como afirmou um deles,, “os patrões não gostam de pagar passagem e quando a gente mora longe eles sempre pensam que a gente vai chegar atrasado, que quando tiver greve de ônibus ou trem, a gente vai faltar....”.



Na concepção do projeto de reabilitação do edifício da Ocupação ALMOR levamos em consideração as características do entorno, visando produzir um projeto de arquitetura que absorva as especificidades do local e que seja capaz de diagnosticar as reais demandas dos moradores.
O projeto está sendo desenvolvido com recursos do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social – FNHIS – do Ministério das Cidades, através do ITERJ.
O projeto é realizado de maneira participativa. Na etapa de concepção, resolvemos, junto com os moradores, um problema complexo: a necessidade de uma nova divisão dos apartamentos, uma vez que aquela realizada na ocasião da ocupação resultou na existência tanto de apartamentos de 9m² e outros de 75m², contribuindo para uma reprodução de desigualdade socioespacial no interior da ocupação. Foram estudadas e sugeridas 03 opções:
Todos os 35 apartamentos iguais, com aproximadamente 30m2;
três tamanhos de apartamentos, de acordo com o tamanho da família (28, 32 e 38m²) , e:
manter as áreas e os apartamentos onde eles estão hoje.
A opção dos moradores, decidida por votação, foi pela a segunda alternativa: dividir de acordo com o tamanho da famílias, acrescentando que eles gostariam de ficar no andar que estão.

Palavras-chave: Centro - Necessidade de morar no centro - Equipamentos urbanos - Edifício abandonado - Uso residencial - Demanda dos moradores

(Comentário: O projeto Almor, no Rio de Janeiro, foi implementado em um edifício abandonado e destinado ao uso residencial de famílias. Destaca-se a percepção, por parte dos moradores, da importância de morar no centro, principalmente por causa da proximidade de equipamentos urbanos e do transporte público. Além disso, há a redistribuição dos espaços internos do edifício, atendendo a demanda de moradias iguais, divididas entre as 35 famílias.)

Associação Chiq da Silva
Disponível em: http://www.chiqdasilva.com/site/index.php?option=com_content&view=article&id=50:almor&catid=1:projetos&Itemid=2

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